Não sei se você já se perguntou o que tem feito com a própria vida. Se tem
lutado pelos seus sonhos e defendido as suas ideias e valores mais preciosos.
Se as suas escolhas realmente têm refletido quem você verdadeiramente é, o que
quer, o que pensa no que acredita, aonde quer chegar. Se tem motivos para se
sentir feliz e realizado, se faria tudo de novo, se gostaria de voltar no tempo
e fazer diferente… Não sei.
É fim de ano e, de repente, a gente começa a pensar naquelas coisas que geralmente não pensa, consegue entender? É como se a gente fosse levando, levando, levando e, quando se dá conta, o tempo passou tão rápido que mal pudemos perceber. E aí, será que nessa levada louca não esquecemos coisas importantes pelo caminho?
Dizem que as coisas mais lindas e verdadeiras são também
as mais simples. Uma palavra de fé, esperança e incentivo na hora da dor, da
dúvida ou do medo. Um abraço apertado que acalenta, liberta e conforta. Olhos
que te olham, que te enxergam que te dizem sim. Alguém que simplesmente se
importa. A presença mesmo na ausência. A sensação de que você está em casa,
simplesmente em casa, seja lá onde realmente você estiver.
A vida é labirinto, já reparou? Um caminho cheio de curvas, barrancos, estacas, derrapadas. Uma estrada cheia de setas malucas que apontam para aqui e para ali. Um espaço sagrado de tentativa e erro, tentativo e acerto, tentativa e erro de novo, tentativa e acerto de novo. Aprendizados. Recomeços. Buscas internas. Escolhas. Renúncias. Paciência. Perdão.
Nesse caminhar às vezes tão solitário, nessa trajetória tão única e particular, vale a pena se perguntar o quanto valeu a pena. O quanto tem valido a pena. E olhar para o lado. Abrir a janela. Aprender com o outro. Sonhar com o outro. Sorrir para o outro. Celebrar pelo outro. Sentir compaixão. Viver compaixão. E agradecer.
Agradecer pelo bom e pelo ruim. Pelos sins e pelos nãos. Por todas as suas vitórias. Pelas vezes em que você fracassou. Pelas pessoas que, com tanta sabedoria e generosidade, o Universo colocou no seu caminho só para que você pudesse crescer aprender e evoluir. Com elas. Por elas. Apesar delas.
Pelas pedras no caminho. Pelos momentos de dor e pesar.
Pelos pequenos grandes milagres. Por todas as vezes em que você fez alguém
sorrir. Por todas as vezes em que você estendeu a mão, espalhou esperança e
amor, foi de verdade, foi de corpo, alma e coração. Foi simplesmente você.
Gratidão. E é essa a palavra que, todos os dias, nos faz recordar o real sentido da vida: saber que, apesar dos pesares, das escolhas, das renúncias, dos erros, dos acertos, dos tropeços e das pequenas vitórias e derrotas de cada dia, você não está sozinho.
Sim. É certo que a escolha é sua. Que a vida é sua. Que
da sua trajetória, quem sabe é você. Mas é sempre bom ouvir um “conte comigo”,
não é mesmo?
Porque você não está sozinho. Porque existe quem
realmente se importa. Quem realmente te ama. Quem realmente está pra você e com
você. Hoje. Agora. Sempre.
Não sei se você já se perguntou o que tem feito com a
própria vida, mas, se quer um conselho: chegou a hora.
A vida passa rápido demais. No final de tudo, você certamente vai se perguntar se esteve para o outro, se fez a diferença na vida do outro, se estava ali com presença efetiva, coração aberto, compaixão. No final de tudo, você certamente vai se perguntar se viveu, se amou, se foi importante no mundo de alguém.
Não deixe a dádiva de viver para um final que você nem
sabe quando será. Recomece agora. Faça o que tiver que fazer agora. E, e for
pra pedir ajuda, peça. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, muito pelo
contrário. O mundo carece de gente que reconhece o valor da humildade e abraça
a vulnerabilidade sem medo do que os outros vão pensar ou falar a respeito.
Seja humilde. Não precisa carregar o peso do mundo nas costas. Aprenda a
dividir também.
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